Ampliação do mercado livre de energia cria cenário promissor para geração solar fotovoltaico no Brasil
Segundo o CEO do Grupo Pacto Energia, apesar dos desafios regulatórios, potencial de desenvolvimento do setor é enorme dentro deste ambiente de contratação


A perspectiva de ampliação do mercado livre de energia no Brasil cria cenário promissor para projetos de geração fotovoltaica no país, afirmou o CEO do Grupo Pacto Energia, Rodrigo Pedroso. O executivo acredita que, apesar dos desafios regulatórios, o potencial de desenvolvimento do setor é enorme dentro deste ambiente de contratação.
“O mercado livre ainda ocupa uma parcela minoritária de 32% do setor de energia. Dentro da perspectiva de completa liberalização até 2026, é bem promissor o cenário para projetos solares, uma vez que este tipo de empreendimento é desenvolvido com maior facilidade”, declarou Pedroso, durante o programa ABSOLAR Inside.
“O nível de radiação solar é uniforme em praticamente todo o território brasileiro, com regiões especialmente atrativas, como o norte de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. Há uma boa perspectiva de instalação rápida de projetos fotovoltaicos de grande dimensão”, assinalou o executivo.
Ele ressaltou que, como um país de tamanho continental, o Brasil tem “enormes desafios em termos de arcabouço regulatório, jurídico e acesso ao mercado de capitais”, mas sem dúvida oferece uma série de oportunidades. “Somos um país em desenvolvimento e precisamos de energia para crescer. Dentro do setor de infraestrutura, um dos maiores potenciais de crescimento é a energia.”
Na mesma transmissão, o sócio da Axis Renováveis, Rodrigo Marcolino, comentou que o mercado livre não é uma ameaça para a geração distribuída (GD), mas uma oportunidade de novos modelos. “O ponto de convergência tem que vir de mecanismos que garantam o reconhecimento dos benefícios de entregar energia perto do ponto de consumo.”
Durante o programa, a vice-presidente de geração distribuída da Associação Brasileira de Geração Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), Bárbara Rubim, detalhou que a tendência é que, após 2024, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) apresente um estudo para liberalizar totalmente o mercado. “Isso não significa que a GD vai deixar de existir, apenas que vai ganhar novos contorno e novas possibilidades de negócios.”
“É um tema presente na discussão do marco legal da GD, a valorização dos atributos das renováveis e da geração próxima a carga. Essa é uma conversa que precisa acontecer na modernização do setor elétrico”, assinalou a dirigente.

Ricardo Casarin
Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.
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