Abertura total do mercado livre de energia será testada no Brasil
Projeto-piloto será executado por quatro permissionárias de distribuição no Rio Grande do Sul e Santa Catarina com participação de 3 mil consumidores


A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou a execução de um projeto que analisará o comportamento do consumidor de baixa tensão frente a abertura do mercado de energia. O teste será executado por quatro permissionárias de distribuição de energia elétrica no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, com participação de 3.150 unidades consumidoras.
A iniciativa foi proposta pela Cooperativa de Eletrificação Braço do Norte (Cerbranorte), Cooperativa Regional de Energia Taquari Jacuí (Certaja), Cooperativa de Distribuição de Energia Teutônia (Certel), e Coprel Cooperativa de Energia (Coprel).
Leia mais: Mercado livre de energia cresce 50% nos últimos 12 meses no Brasil
O objetivo é analisar a reação dos consumidores na livre contratação de energia, além da sensibilidade pela fonte de energia, preço, escolha da comercializadora, entre outros. Serão investidos cerca de R$ 520 mil no programa.
A fase de experimentação com os consumidores será a partir deste mês de novembro. A adesão será mediante autorização dos consumidores para participar do projeto. Serão ofertadas modalidades tarifárias diferentes para cada grupo de controle. A previsão de conclusão é para dezembro de 2025.
Entenda como funciona a compra de energia no Mercado Livre de Energia
O projeto será financiado pela Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), com contrapartida das permissionárias por meio da Confederação Nacional das Cooperativas de Infraestrutura (Infracoop).
Ambiente de Contratação Livre
O Ambiente de Contratação Livre (ACL) permite que o consumidor escolha e quem quer adquirir o seu fornecimento de energia, personalizar o atendimento e negociar condições como prazos ou até a fonte da qual quer comprar.
Atualmente, o mercado livre representa 42% do consumo total de energia elétrica do Brasil. Até o momento, apenas consumidores de alta e média tensão tem permissão para aderir ao mercado livre no país, o que exclui clientes residenciais.
Um estudo da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), divulgado em maio, aponta que a abertura total do mercado livre de energia poderia trazer redução de 7,5% a 10% na conta de energia elétrica de consumidores de baixa renda.

Ricardo Casarin
Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.
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