Ranking lista 10 maiores fabricantes de painéis solares do mundo de 2024

A consultoria internacional Wood Mackenzie elaborou um ranking onde foram listadas as dez maiores fabricantes de painéis solares do mundo. Foram avaliadas mais de 40 companhias de dez diferentes países, que totalizam 62% da capacidade produtiva global e representaram 89% dos embarques de placas solares em 2024.

Os dez primeiros colocados comercializaram em conjunto 500 GW de módulos fotovoltaicos no ano passado. Conforme o levantamento, apesar do crescimento no volume, as principais companhias reportaram perdas de US$ 4 bilhões, com redução significativa da receita em comparação com 2023.

“De diversas formas, 2024 foi para a indústria um ano de sobrevivência através da escala. Precificação agressiva, competição intensa e continuidade do investimento de capital pesaram muito nas margens, com as empresas buscando liderança de longo prazo em termos de market share e tecnologia”, disse a analista sênior da Wood Mackenzie, Yana Hryshko.

Apesar do cenário desafiador, os dez maiores fabricantes mantiveram um nível de utilização de capacidade produtiva de 69%, refletindo operações eficientes e demanda estável pelos produtos. A consultoria avalia que esse desempenho demonstra a resiliência e competitividade das líderes de mercado em um ambiente de competição de preços.

Expansão geográfica

De acordo com o relatório, a China continua dominando a indústria solar fotovoltaica em termos de escala, mas companhias da Índia, Coreia do Sul e Vietnã estão ganhando espaço, conforme a produção global torna-se mais diversa. O ranking deste ano introduz um novo critério que avalia a capacidade do fabricante de navegar através de tensões comerciais e barreiras de mercado.

Sete das dez maiores companhias do setor contam operações de manufatura em três ou mais países, incluindo Camboja, Índia, Malásia, México e Vietnã. Observando planos futuros, diversas das 20 principais empresas deverão expandir para o Egito, Omã, Arábia Saudita, África do Sul, Catar e Emirados Árabes.

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“Estabelecer produção em diversos países permite que fabricantes evitem tarifas, barreiras de importação e atendam critérios de conteúdo local. É um movimento estratégico para manter-se competitivo em um cenário global cada vez mais fragmentado”, disse Hryshko.

Integração vertical

O ranking da Wood Mackenzie também destacou a tendência em direção a operações completamente integradas entre os principais players do mercado de energia solar. Enquanto a integração de células tornou-se padrão entre os maiores produtores, diversas companhias estão acelerando investimentos na fabricação de wafers para ganhar controle total sobre a manufatura.

“Esta estratégia permite maior controle sobre custos, qualidade e compliance, especialmente em um ambiente comercial tão complexo. Como resultado, a dependência de fornecedores de células e wafers deve cair nos próximos anos”, destacou a especialista.

Com os preços dos módulos seguindo sob pressão, os fabricantes vão precisar equilibrar redução de custos com investimento contínuo em tecnologia e expansão geográfica. O futuro da indústria será moldado pela expansão no Oriente Médio e África, ganhos de eficiência, aumento da consolidação através da verticalização e novas estratégias para navegar através de políticas comerciais e regulações de mercado.

“Apesar dos ventos contrários na esfera financeira, a indústria solar está rapidamente se posicionando para o próximo ciclo de crescimento global. Liderança tecnológica, controle da cadeia de fornecimento e agilidade geográfica irão definir os vencedores nos próximos anos”, finalizou Hryshko.

TOP 10 maiores fabricantes de painéis solares de 2024:

Critérios:

• Capacidade de utilização: 15%
• Maturidade tecnológica: 15%
• Adesão ao ESG e responsabilidade social corporativa: 10% 
• Certificação de instituições terceiras: 10%
• Condições financeiras: 10%
• Experiência em manufatura de painéis solares: 10%
• Resistência da cadeia de fornecimento: 10% 
• Integração vertical: 10%
• Experiência de tempo de manufatura: 5%
• Pesquisa e desenvolvimento: 5%