Incêndio em fabricante de silício na China não afeta a produção do insumo
Acidente ocorreu na unidade da Hoshine Silicon Industry, fornecedora de matéria-prima para a indústria solar


Um incêndio seguido de explosão na linha de embalagem da Hoshine Silicon Industry, fabricante chinesa de silício, não afetou a produção da principal matéria-prima utilizada pela indústria solar fotovoltaica. O acidente ocorreu na última terça-feira (8/06), em instalações localizadas na Zona de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico de Shihezi, na região autônoma de Xinjiang Uygur, no noroeste do país.
A notícia do incêndio causou preocupação no mercado de energia solar, que tem enfrentado restrições na oferta de silício policristalino desde o ano passado. Um possível fechamento da unidade da Hoshine, em razão de inspeções de segurança, poderia prejudicar o abastecimento dos principais produtores do material, incluindo Xinte, Dago e GCL-Poly.
Em comunicado oficial divulgado na quarta-feira (9/06), a Hoshine afirma que o acidente ocorreu em uma unidade da subsidiária Hesheng Silicon Industry, onde há uma linha de produção teste, causando um incêndio que foi contido sem vítimas.
A companhia declarou que a ocorrência afetou a produção de silício orgânico, mas não atingiu a operação de silício metálico, que é utilizado como matéria-prima por produtores de silício policristalino. A empresa ainda garantiu que o acidente não terá grande impacto na operação da unidade, que tem capacidade produtiva de 200 mil toneladas por ano.
Conforme a nota, o governo local realizou testes e não detectou nenhum vazamento de gases tóxicos ou danosos a saúde no ar da região. As causas do acidente serão investigadas.
O custo do silício tem apresentado forte volatilidade desde o ano passado, em um cenário de demanda aquecida. A cotação atingiu picos de US$ 23,28/kg, resultando no aumento dos preços de módulos fotovoltaicos.
A expectativa é que a instabilidade continue até 2022, quando novas capacidades de produção das principais fabricantes da matéria-prima devem entrar em operação na China.

Ricardo Casarin
Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.
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