Importação de painéis solares cresce 36% no Brasil em agosto
Demanda por equipamentos de energia solar é impulsionada por projetos de minigeração distribuída


As importações de painéis solares chineses cresceram 36% no Brasil em agosto na comparação com julho, apesar do movimento de redução de preços e queima de estoques, mostra levantamento da consultoria InfoLink Consulting. É o segundo mês consecutivo de alta, após quatro quedas mensais consecutivas registradas desde março.
A análise atribui o avanço ao aquecimento da demanda de usinas fotovoltaicas de minigeração distribuída. Muitos projetos de energia solar desse perfil, com potência instalada entre 75 kW e 5 MW, solicitaram o acesso à rede antes de 7 de janeiro de 2023, conquistando o direito de manter a paridade tarifária até 2045. Porém, esses empreendimentos têm prazo de 12 meses para se conectar, causando uma aceleração desse mercado.
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O Brasil segue como o principal mercado comprador de módulos fotovoltaicos da China das Américas. A Infolink estima que o continente importou 2,7 GW de equipamentos em agosto, um incremento mensal de 18% e 10% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. No acumulado dos oito meses, as importações somaram 19,3 GW, avanço anual de 12,4%.
Exportações chinesas avançam
Dados alfandegários da China indicam que o país exportou 17,3 GW em painéis solares em agosto, avanço de 19,2% em relação aos 14,5 GW registrados em julho, e 20,6% na comparação com agosto de 2022. No acumulado dos oito meses, foram exportados 137,9 GW em módulos fotovoltaicos, crescimento de 26,8% em relação ao igual período do ano passado.
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Em agosto, 8,2 GW em painéis fotovoltaicos chineses tiveram como destino a Europa, incremento de 15% em relação a julho e queda de 5,4% sobre agosto de 2022. O continente acumula 77,7 GW em equipamentos importados ao longo de 2023.

Ricardo Casarin
Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.
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