IEA: apoio governamental a startups de energia limpa é essencial para transição energética
Estudo destaca que empresas de inovação do setor podem trazer respostas para crises atuais e acelerar avanço de metas climáticas


O apoio governamental a startups de energia limpa pode trazer respostas para atual crise de energia e, ao mesmo tempo, acelerar o avanço do cumprimento de metas climáticas, aponta estudo da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês), publicado nesta segunda-feira (14/03). O relatório avalia diferentes formas que países estimulam empresas de inovação no setor de energia.
A IEA assinala que as políticas de incentivos têm um papel essencial na inovação energética. No passado, isso ocorria principalmente por meio de programas de pesquisa e desenvolvimento, direcionando subsídios fiscais e a regulação em favor do setor.
Porém, com o propósito de tornar algumas tecnologias comercialmente viáveis em todo o mundo, como baterias, eletrolisadores, painéis solares e veículos elétricos, os governos estão se movimentando para apoiar as startups de forma mais direta, especialmente por meio de financiamento de projetos via instituições públicas.
A pesquisa indica que as tecnologias estão se tornando mais digitais, eletrônicas, modulares e focadas no consumidor. “Os países estão procurando se tornar o lar das novas Tesla, BYD ou Vestas por um bom motivo”, diz a entidade.
Conforme a IEA, sem inovação, as metas de energia e clima ficarão fora de alcance. Além disso, cultivar startups pode resultar em prosperidade econômica local e a transição energética será uma grande oportunidade de negócio para todos os países nas próximas décadas.
Apoio em ascensão
O documento destaca que, ao contrário das expectativas, o investimento em renováveis não mostrou contração durante a pandemia. Em muitos casos, medidas e programas de governos pavimentaram o caminho para o sucesso do setor. O apoio estatal para que as “cleantechs” levem novas tecnologias e soluções ao mercado cresceu consistentemente desde a assinatura do Acordo de Paris, em 2015.
Este tipo de suporte também foi impulsionado nos últimos anos como medida de estímulo de recuperação aos efeitos econômicos da pandemia. “Medidas de apoio são importantes porque governos possuem uma série de recursos necessários para o sucesso de startups de tecnologia de energia”, aponta a IEA.

Ricardo Casarin
Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.
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