G7 reconhece necessidade de acelerar ritmo da transição energética
Países do grupo divulgaram declaração conjunta se comprometendo a aumentar investimentos em projetos de geração renovável


Os países do G7 se comprometeram a acelerar a instalação de geração renovável de energia para atingir as metas de descarbonização até 2050. Uma declaração assinada pelos ministros do clima, energia e meio ambiente do Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos foi divulgada após um encontro realizado em Sapporo, no Japão, no último domingo (16/04).
Sem citar a China, país que concentra grande parte da indústria global de energia limpa, os representantes reconheceram ainda a importância de evitar a dependência de cadeias de fornecimento do setor, incluindo manufatura e matéria-prima, cenário que pode levar a vulnerabilidades e desafios para a transição energética.
“Nós iremos aumentar drasticamente a eletricidade gerada por fontes renováveis. Nós observamos com preocupação a análise da Agência Internacional de Energia Renovável (Irena) de que o atual ritmo de instalação é insuficiente para limitar o aquecimento global em 1.5°C”, detalha o comunicado.
O texto aponta que os sete países do grupo contribuirão coletivamente para um aumento superior a 1 TW de energia solar e 150 GW de energia eólica até 2030, além de promover avanços em tecnologias inovadoras, como as células fotovoltaicas de perovskita.
“Também iremos seguir melhorando a flexibilidade do sistema por meio de reforços na rede, sistemas isolados, mini-grids e sistemas de armazenamento de energia, incluindo baterias e gerenciamento de energia”, acrescenta a carta.
Cadeia de fornecimento global
O G7 enfatizou a necessidade de dar escala a investimentos na fabricação e instalação de tecnologias de energia renovável e diversificar as cadeias de suprimento do setor de forma a garantir resiliência, sustentabilidade e acessibilidade econômica, sendo consistente com padrões internacionais de direitos trabalhistas e humanos.
Atualmente, a China concentra a ampla maioria da indústria de equipamentos de energia solar, desde a matéria-prima até a fabricação de painéis. Nos últimos anos, o aumento da demanda por geração renovável, combinado com escassez de matéria-prima e restrições causadas pela pandemia de Covid-19, trouxeram impactos logísticos e aumento de custos para o setor.
A situação ligou o alerta para a necessidade de diversificação da produção de módulos fotovoltaicos, com EUA, União Europeia e Índia promovendo iniciativas de desenvolvimento industrial.

Ricardo Casarin
Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.
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