Exportações do setor de renováveis da China cresceram 35% entre 2019 e 2023
Estudo da Wood Mackenzie indica que baterias ultrapassaram painéis solares como tecnologia de energia limpa mais vendida pelo país para o mercado externo


A exportação de equipamentos de energia renovável cresceu 35% na China entre 2019 e 2023, impulsionada por preços competitivos e pela alta concentração da manufatura mundial no país, mostra estudo da consultoria Wood Mackenzie. O relatório destaca que as baterias ultrapassaram os painéis solares como a principal tecnologia de energia limpa exportada pelos chineses nos últimos quatro anos.
A análise indica que as principais companhias da China que atuam no setor estão buscando por oportunidades internacionais de negócios. Investidores em energia renovável tendem a direcionar recursos a mercados com alta demanda de energia, ambiente estável e previsibilidade de receitas.
Ao mesmo tempo, os fabricantes chineses estão mirando países com exigências de conteúdo local para desenvolver polos de produção regionais. Cadeias de suprimento integradas, preços em rápido declínio e um alto padrão de performance permitiram que a indústria da China fosse responsável pelo atendimento de mais de 65% da demanda global. A Wood Mackenzie prevê que essa tendência continue.
Leia mais: Investimento na indústria renovável cresce 70% no mundo em 2023
Custos baixos viabilizaram uma estratégia de preços atrativos, que são mais de 200% inferiores aos oferecidos pelos principais players ocidentais nos principais mercados do mundo. Ainda conforme a análise, o investimento de companhias chinesas em projetos de energia renovável fora do país está aumentando, mas o progresso é lento em razão de riscos no desenvolvimento e incertezas relacionadas às receitas.
“Em relação a empreendimentos fora do país, investidores chineses de energia solar e armazenamento de energia preferem projetos desenvolvidos do zero, enquanto investidores no setor eólico tendem a adquirir ativos já existentes, considerando os longos períodos de construção e os altos riscos de desenvolvimento”, explicou o diretor de pesquisa em energia e renováveis para Ásia e Pacifico da Wood Mackenzie, Xiaoyang Li.

Ricardo Casarin
Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.
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