Descarbonizar economia chinesa exigirá investimento de US$ 37,7 trilhões
Estudo da BNEF indica que capacidade acumulada da energia solar e eólica deverá atingir 6,7 TW no país até 2050


A transição da China para uma economia neutra de emissões até 2050 exigirá pelo menos US$ 37,7 trilhões em investimentos no sistema de energia do país, mostra levantamento da Bloomberg New Finance (BNEF). A China já é o maior mercado de renováveis do mundo, mas ainda sege como o maior consumidor global de carvão.
Conforme a análise da BNEF, a forma mais barata de descarbonizar o fornecimento elétrico do país asiático é maximizar a instalação de energia solar e eólica, complementando com sistemas de armazenamento, usinas nucleares e captura de carbono para usinas térmicas.
Leia mais: China deverá adicionar 310 GW de energia solar até o final de 2024
No cenário estimado em que a China zera emissões até 2050, as instalações acumuladas de solar e eólica atingirão 6,7 TW na metade do século. Ao final de 2022, a capacidade instalada das duas fontes somou 800 GW.
Nesse mesmo cenário, o consumo de energia elétrica na China supera 17.000 TWh em 2050, mais do que o dobro do volume atual. Isso será impulsionado pelo crescimento econômico e aceleração da eletrificação dos setores do transporte, indústria e imobiliário. De acordo com o estudo, a maior parte da geração terá origem na fonte solar e eólica, respondendo por 75% do total.
A BNEF aponta que a China já lidera o investimento em transição energética, com US$ 550 milhões aportados em 2022, cerca da metade do total global. Para manter a rota rumo a descarbonização até 2050, será necessário triplicar o valor até a segunda metade da atual década, para uma média anual de US$ 1,66 trilhão.

Ricardo Casarin
Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.
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