Cerca de US$ 1,7 trilhão será destinado à energia limpa no mundo em 2023
Setor de energia totalizará US$ 2,8 trilhões em aportes no ano, com pouco mais de US$ 1 trilhão direcionados aos combustíveis fósseis, mostra relatório da Allianz Trade


Cerca de US$ 2,8 trilhões serão investidos em energia no mundo em 2023, com mais de US$ 1,7 trilhão destinado à energia limpa, estima relatório divulgado pela Allianz Trade, seguradora do grupo Allianz. O levantamento considera como ativos de energia limpa a energia renovável, nuclear, redes, armazenamento, combustíveis de baixa emissão, melhorias de eficiência e energias renováveis de uso final e eletrificação.
O restante, um pouco mais de US$ 1 trilhão, será destinado ao fornecimento de combustíveis fósseis não controlados e energia, dos quais cerca de 15% serão direcionados ao carvão e o restante ao petróleo e gás.
Leia mais: Energia solar deve superar produção de petróleo em investimentos em 2023
“No que diz respeito ao petróleo e gás, a demanda global por petróleo está projetada para atingir mais de 100 milhões de barris por dia (mb/d) em 2024, em comparação com 91,2 mb/d em 2020, impulsionada pelo aumento do consumo nas economias em desenvolvimento, especialmente na Ásia”, afirmou o diretor de crédito da Allianz Trade no Brasil, Felipe Tanus.
Os economistas que desenvolveram o estudo analisaram as forças e fraquezas do setor de energia e o avaliaram com um risco médio para as empresas:
Forças:
- Aumento do investimento em energia limpa
- Melhoria da economia em um momento de preços altos e preços voláteis dos combustíveis fósseis
- Maior apoio político por meio de vários instrumentos
- Forte alinhamento das metas climáticas e de segurança energética
- Foco na estratégia industrial à medida que os países buscam fortalecer sua soberania
Fraquezas:
- Desequilíbrios geográficos no investimento
- Infraestrutura de rede elétrica fraca em muitas economias, incluindo os EUA
- Incertezas sobre a demanda de longo prazo de combustíveis fósseis
- Altos gastos iniciais necessários para investimentos em energia limpa
- Elevados requisitos de financiamento
- Vulnerabilidade a riscos geopolíticos
O estudo aponta ainda que, devido aos preços flutuantes do petróleo, tensões geopolíticas e à contínua transição energética, a perspectiva para o petróleo e gás global permanece incerta. “O setor continua sendo lucrativo, com a indústria global de petróleo e gás faturando cerca de US$ 4 trilhões em 2022. Sendo assim, a lucratividade das empresas do setor depende fortemente dos preços do petróleo”, comentou Tanus.

Ricardo Casarin
Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.
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