Brasil sobe quatro posições em índice de atratividade para renováveis
Ranking elaborado pela auditoria Ernst & Young (EY) mantém os Estados Unidos como o mercado mais atrativo


O Estados Unidos reteve o título de mercado mais atrativo do mundo para investimentos em energia renovável, conforme o índice Renewable Energy Country Attractiveness Index (RECAI), elaborado pela firma de auditoria Ernst & Young (EY) e divulgado nesta semana. O levantamento mostra que o Brasil cresceu quatro posições no ranking e se encontra na 11ª posição.
O índice aponta que as ações do presidente dos EUA, Joe Biden, para fomentar a expansão das fontes renováveis ajudaram o país a manter a liderança, após ter ultrapassado a China na edição do ano passado. O estudo destaca o compromisso da nova administração em reduzir emissões em até 52% até 2030. Os EUA também instalaram 19 GW em capacidade de geração solar em 2020, um aumento anual de 43%, e adicionaram 2,2 GW em sistemas de armazenamento de energia por baterias.
Enquanto a China manteve a segunda colocação, Índia, Reino Unido e França avançaram no ranking, completando os cinco postos mais altos do índice. Já a Austrália caiu da 3ª para a 6ª posição, com a EY destacando que o ministro da energia do país recentemente negou incentivos para veículos elétricos, o que poderá trazer futuro impacto negativo para a demanda por eletricidade renovável.
No ranking para atratividade de investimentos na fonte solar fotovoltaica, a maior pontuação foi registrada pela Índia, com 62.7, superando China (60.3) e EUA (57.6). Nesse quesito, o Brasil ficou com a 7ª colocação, com 51.8 pontos.
O diretor de energia da EY, Ben Warren, e o diretor de renováveis, Arnaud de Giovanni, afirmaram que nações desenvolvidas precisam aumentar os gastos em pesquisa e desenvolvimento no setor de renováveis para cerca de US$ 10 bilhões atuais para apoiar a transição energética. Eles acrescentaram que compromissos mais fortes e políticas governamentais podem ajudar na criação de oportunidades para investidores.

Ricardo Casarin
Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.
Artigos que podem te interessar

Parte 1: O Paradoxo Solar Brasileiro
2026: O Ano da Bateria no Brasil e a Corrida Bilionária pela Energia do Futuro
17/12/20253 min de leitura

Energia Verde: A Escolha sustentável para o Planeta e os Negócios inteligentes
Nos últimos anos, o termo energia verde deixou de ser apenas uma tendência ambiental para se tornar um pilar estratégico da economia global.
17/12/20255 min de leitura
Conta de luz acumula alta de 15% no Brasil entre janeiro e novembro
Tarifa de energia elétrica residencial supera a inflação do país no mesmo período, mostra levantamento do IBGE
15/12/20252 min de leitura
Brasil deve adicionar 10,6 GW de energia solar em 2026
Número representa queda de 7% em relação à capacidade instalada em 2025, mostram projeções da Absolar
11/12/20252 min de leitura
SNEC PV & ES LATAM 2026 inicia credenciamento para evento em SP
Cadastro já pode ser realizado no site oficial a partir deste mês; com organização da NürnbergMesse e Oakstream, congresso e feira ocorrem entre 24 e 26 de março
10/12/20252 min de leitura
Brasil registra adesão de 217 mil empresas ao uso de energia solar em 2025
Foram adicionados 2 GW entre janeiro e outubro para atender companhias de comércio, serviços e indústrias
09/12/20252 min de leitura
Participação de consumidores varejistas quadruplica no mercado livre de energia
Menor restrição de acesso ao Ambiente de Contratação Livre (ACL) impulsiona adesões desde janeiro de 2024, mostra pesquisa da Abraceel
08/12/20252 min de leitura
São Paulo (SP) recebe o Encontro Nacional Absolar em 10 e 11 de dezembro
Evento reunirá empresas e especialistas para debater as perspectivas do mercado de energia solar
05/12/20252 min de leitura

