Brasil alcança 6ª posição no ranking global de energia solar
País ganhou duas colocações no TOP 10 mundial; confira o levantamento completo da Agência Internacional de Energia Renovável (Irena)


O Brasil encerrou 2023 na 6ª colocação do ranking mundial de geração de energia solar fotovoltaica, mostra relatório da Agência Internacional de Energia Renovável (Irena, na sigla em inglês). Conforme o levantamento, o país chegou a 37 GW de capacidade instalada e ganhou duas posições em relação a lista de 2022, ultrapassando Itália e Austrália.
O ranking leva em conta grandes usinas (geração centralizada) e sistemas de menor porte (geração distribuída) em operação. Atualmente, em março de 2024, o mercado brasileiro já supera 40 GW, sendo 27,9 GW de geração distribuída e 12,8 GW de geração centralizada.
As cinco primeiras posições do ranking permaneceram inalteradas, com China, Estados Unidos, Japão, Alemanha e Índia consolidados na liderança. A Austrália e Itália caíram uma posição. A Espanha ultrapassou a Coreia do Sul e a Holanda e entrou no TOP 10.
Leia mais: Brasil será quinto maior mercado de energia solar do mundo até 2032
De acordo com o levantamento, 345,5 GW de capacidade instalada de energia solar fotovoltaica foram adicionados no mundo em 2023. Somente a China foi responsável pelo acréscimo de 217 GW. Com o resultado, a fonte chegou a potência global acumulada de 1.419 GW.
Solar domina expansão renovável
De acordo com a Irena, 473 GW de capacidade instalada de energia renovável foram acrescentados no mundo em 2023, atingindo um volume acumulado de 3.870 GW. As renováveis responderam por 86% das adições de capacidade de geração de energia elétrica.
A energia solar dominou essa expansão das renováveis, respondendo por 73% da potência renovável acrescentada. A segunda colocação ficou com a energia eólica, com 24% de participação. Também foram incluídas no levantamento as fontes hídrica, maremotriz, bioenergia e geotérmica.
Em termos regionais, a Ásia foi líder em capacidade renovável adicionada, com 326 GW, 69% do total. Na China, o aumento da competitividade da solar e eólica frente ao gás e ao carvão foi o principal impulsionador das instalações.
Enquanto isso, na União Europeia, o foco em segurança energética foi o principal catalizador para o forte crescimento da geração renovável, em conjunto com os custos mais competitivos frente as alternativas fósseis.
Outras regiões que passaram por crescimentos significativos foram o Oriente Médio, com 16,6%, e a Oceania, com 9,4%. Os países do G7 registraram incremento de 7,6%, adicionado quase 70 GW de capacidade renovável no ano passado.
Já as nações do G20 tiveram aumento de 15%, atingindo 3.084 GW ao final do ano. A Irena alertou para o desequilibro entre os continentes, com a África apresentando um avanço de 4,6% e atingindo capacidade acumulada de energia renovável de apenas 62 GW.
Confira o ranking mundial de energia solar fotovoltaica de 2023:
- China: 609 GW
- EUA: 137 GW
- Japão: 87 GW
- Alemanha: 81 GW
- Índia: 72 GW
- Brasil: 37 GW
- Austrália 33 GW
- Itália: 29 GW
- Espanha: 28 GW
- Coreia do Sul: 27 GW

Ricardo Casarin
Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.
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