Austrália caminha para uma matriz elétrica descentralizada e renovável
Relatório aponta para a entrada de 24 GW de geração solar distribuída nas próximas duas décadas


A geração distribuída (GD) está transformando o mercado de eletricidade da Austrália de um sistema centralizado composto por grandes usinas de gás e carvão para uma matriz descentralizada de fontes renováveis, aponta relatório do Australian Energy Regulator (AER), órgão regulador do setor elétrico do país.
Conforme o estudo divulgado na última sexta-feira (2/07), os consumidores buscam mais gestão sobre a energia por meio da utilização de fontes renováveis e sistemas de armazenamento.
O relatório aponta que serão desativadas, nas próximas duas décadas, 16 gigawatts (GW) de geração térmica, ao mesmo tempo em que 50 GW de nova capacidade de geração centralizada de solar e eólica deverá ser adicionada. Além disso, está prevista a entrada de 24 GW de GD solar no período.
“Consumidores de energia estão adotando suas próprias soluções, utilizando recursos distribuídos que incluem sistemas residenciais fotovoltaicos, pequenas baterias, veículos elétricos e resposta a demanda”, disse presidente do AER, Clare Savage.
Ela assinalou que quase 24% de todos os consumidores do mercado de eletricidade da Austrália utilizam sistemas de energia solar e vendem o excedente para a rede local. Em 2007, essa fatia era apenas de 0,2%.
“O mais importante foi que os preços mais baixos de comercialização atacadista chegaram ao varejo em 2020, reduzindo custos de eletricidade para residências e pequenos negócios”, afirmou a presidente da reguladora.
Conforme o relatório, os preços de comercialização atacadista caíram mais de 58% no país, na comparação com a média de 2019, principalmente em razão da redução de custos de geração.

Ricardo Casarin
Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.
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