02 de agosto marca o Dia da Sobrecarga da Terra de 2023
Data indica momento em que a humanidade esgota os recursos naturais que podem ser regenerados dentro de um ano


O dia da sobrecarga da Terra de 2023 ocorre nesse 2 de agosto. A data, que indica o momento em que a humanidade esgota os recursos naturais que podem ser regenerados dentro de um ano, apresentou um pequeno avanço em relação ao ano passado, quando caiu em 28 de julho. Ainda assim, a dívida de 171 dias ilustra uma tendência de degradação ambiental das últimas décadas.
A Global Footprint Network realiza este cálculo desde 1971, ano em que o dia da sobrecarga da Terra caiu em 25 de dezembro. Em 1999, ocorreu em 26 de setembro. Em 2005, em 27 de agosto. Nessa data, a humanidade fez uso de toda carne, peixes, cereais e florestas que o planeta pode produzir e renovar em um ano. A situação pode ter graves consequência para o meio ambiente, para o clima e para o futuro.
Leia mais: Consumo consciente: o que é, exemplos e importância
“A produção e consumo insustentáveis de alimentos está impulsionando a crise climática, gerando um terço de todas as emissões de gases do efeito estufa, utilizando 70% da água potável do planeta e causando perdas na biodiversidade em escala inaceitável”, declarou o secretário-geral das Organização das Nações Unidades (ONU), António Guterres.
As consequências dessa sobrecarga são preocupantes. Significa que até o final de dezembro, teremos utilizado o equivalente a 1,7 planeta para atender às nossas demandas, enquanto só temos um. Além disso, as emissões de gases de efeito estufa (GEE) continuam aumentando, superando a capacidade de absorção das florestas e dos oceanos, agravando ainda mais o aquecimento global e a crise climática.
O coordenador de comunicação do Instituto Akatu, Felipe Seffrin, enfatiza a necessidade de ações concretas e efetivas por parte de governos, empresas e consumidores para minimizar ou até reverter esse quadro de sobrecarga.
“Mudar nossa forma de produção e consumo, desde a compra até o uso e o descarte, para modelos mais conscientes e sustentáveis, é uma das soluções. Praticando o consumo consciente, podemos regenerar ecossistemas e aliviar a carga pesada que impomos ao planeta”, observou o especialista.

Ricardo Casarin
Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.
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