Preço da energia solar tem queda de 9% para o consumidor final em 2024
Retorno do investimento em sistemas fotovoltaicos residenciais apresentou melhora de 10,6% no Brasil no último ano


A energia solar apresentou redução média de 9% no preço para o consumidor final no Brasil em 2024, mostra pesquisa da consultoria Greener. O levantamento levou em conta o custo combinado da aquisição e instalação do kit fotovoltaico de geração distribuída (GD), modalidade que permite a produção própria de eletricidade por meio de placas solares em telhados.
Conforme o estudo, esse patamar de queda se refere a sistemas de energia solar de até 75 kW. Para instalações de porte superior a 150 kW, o declínio foi ainda maior: 16%. A diminuição nos custos dos painéis solares foi um dos principais fatores que contribuíram para essa redução.
De acordo com a Greener, os kit fotovoltaicos de até 75 kWp apresentaram, em média, queda de 13% em janeiro de 2025 em relação a janeiro de 2024, e os sistemas acima de 75 kWp tiveram queda de 22%.
Essa diminuição foi registrada apesar da elevação média de 3% percebida no segundo semestre de 2024 devido ao câmbio e em parte ao aumento da carga tributária. Em relação aos serviços de integração, houve queda média de 1% para sistemas de até 75 kWp e de 8% para instalações de maior porte.
Energia solar residencial
A pesquisa ainda mostra que houve uma redução de 9% no preço final dos sistemas de energia solar residencial, com custo médio em janeiro de 2025 chegando a aproximadamente R$ 11.520 em comparação com os R$ 14.800 registrados no mesmo mês do ano anterior.
Apesar do aumento percentual no preço do kit fotovoltaico para sistemas de 4 kWp, a parcela de integração registrou uma queda, resultando em uma redução de R$ 0,12 no preço final por watt em relação ao mesmo período de 2024.
Utilizando como exemplo um sistema residencial que protocolou a conexão entre janeiro e julho de 2023 (GD II), o retorno do investimento médio no Brasil apresentou melhora de 10,6% em relação a janeiro de 2024, com o payback caindo de 3,5 anos para 3,2 anos. Na comparação com junho do ano passado, a melhora foi de 3,6%, saindo de 3,3 anos.

Ricardo Casarin
Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.
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