Expansão do mercado solar fomenta modelos de negócios alternativos

A expansão do mercado solar fotovoltaico brasileiro, especialmente no segmento de geração distribuída, tem fomentado modelos de negócios alternativos para atender a forte demanda dos consumidores.

Conforme dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), somente nos seis primeiros meses do ano, quase 184 mil novas unidades consumidoras (UCs) ingressaram no segmento, adicionando 1,47 GW de potência.

Porém, o valor do investimento em um sistema fotovoltaico e acesso ao crédito ainda são barreiras para a maioria dos consumidores. Para aproveitar o movimento de expansão e, ao mesmo tempo, democratizar o acesso e explorar o potencial do mercado, empresas do setor buscam oferecer soluções para que clientes possam aderir a produção própria de energia elétrica.

Um exemplo é a Edmond, que apresenta um modelo de locação operacional de equipamentos para usinas solares de geração de energia elétrica de médio porte, de 20 kWp a 75 kWp. O CEO da fintech, Jackson Chirollo, disse ao Portal Solar que vê o desenho como interessante para empreendedores que buscam economia de energia, mas não tem interesse em tomar crédito ou realizar um investimento próprio em um sistema fotovoltaico.

“Esse perfil de comerciante não quer tomar dívida ou reduzir linhas de crédito, mas investir no próprio negócio e gerar mais receita. Com o modelo de locação, ele também não é responsável pela manutenção e limpeza dos equipamentos”, disse o executivo.

Entre outros benefícios, Chirollo destaca a dedução de Imposto de Renda (IR) e de crédito de PIS e COFINS, dependendo do regime de tributação.

Integradores

A empresa também aposta em soluções financeiras digitais para atender as demandas do segmento e facilitar a atividade comercial de integradores. “Nosso objetivo é democratizar pagamentos e dar condições para integradores concluírem o processo de venda. Isso permitirá a ampliação de soluções renováveis no Brasil”, declarou a diretora de pay e bank da Edmond, Alessandra Zuza.

Também pensando nos profissionais como forma de popularizar a energia solar, a Kinsol Energias Renováveis aposta em um modelo de franquias home based, visando facilitar a entrada de novos instaladores e também vendedores.

O CEO da empresa, Mauricio Crivelin, detalhou que o franqueado passar por procedimentos de integração e treinamento, antes de ser habilitado para atuar no mercado. “Ele prospecta clientes e realiza a venda. Todo restante cabe a nós, incluindo elaboração da proposta, contrato e financiamento. O franqueado não precisa se preocupar com logística, por exemplo."