Escolas públicas rurais do Piauí terão projeto de energia solar
Ação faz parte do Escolas Solares da Universidade Federal do Piauí (UFPI) e deve reduzir em cerca de R$ 1 mil ao mês na conta de energia


Escolas públicas das zonas rurais do Piauí poderão ter sistema de energia solar conectada à rede. O projeto é organizado pela Universidade Federal do Piauí (UFPI), que já desenvolve o Escolas Solares e, mais recentemente, instalou placas solares na Escola Contentamento, localizada na zona rural de Oeiras. Todo o projeto é administrado pela Fundação Cultural e de Fomento à Pesquisa, Ensino, Extensão e Inovação (FADEX) e pretende fornecer energia limpa e conscientização para os alunos da rede pública.
Segundo Marcos Lira, coordenador do projeto, a Escola Contentamento é a primeira unidade escolar a receber o sistema de energia solar conectado à rede. “Esse sistema vai proporcionar uma redução dos gastos da escola com energia, sem falar do ganho no ponto de vista ambiental. É mais um projeto da UFPI, em parceria com o Instituto Federal do Piauí (IFPI), Emater e os gestores municipais”, comentou.
O município recebeu de braços aberto o projeto Escolas Solares. De acordo com a secretária municipal de Educação de Oeiras, Tiana Tapety, a importância de incentivar o uso de energia solar nas escolas parte do princípio de mudança de consciência na perspectiva de uma energia limpa para as crianças, adolescentes e famílias. “Isso faz com que o homem conviva tranquilamente com o meio ambiente. Incentivar e implementar essa energia solar na nossa escola é um ganho que vem também para somar os nossos projetos de ensino”, disse.
A implantação da energia solar na Escola Contentamento vai gerar e redução de cerca de R$ 1 mil ao mês na conta de energia. Para a diretora da Escola do Contentamento, Leia Pacheco, o projeto vai mais além do que proporcionar energia para a escola, pois vai impactar a vida de alunos e familiares.
“A contribuição principal é a questão ambiental realmente e a consciência dos alunos. Estamos muito felizes porque contemplamos alunos de 25 comunidades, então esse trabalho que está sendo feito aqui na escola vai germinar e brotar lá na comunidade que o aluno vive. O aluno vai saber, conhecer como é utilizada a energia solar e os benefícios que essa energia traz para o meio ambiente “, ressaltou a diretora.
Em São Paulo e Minas Gerais, esse processo também já é implementado. Duas escolas municipais – Professor Oswaldo Aranha, localizada em Itaquera, em São Paulo, e Professor Milton Magalhães Porto, em Uberlândia (MG) – fazem uso dos painéis solares para gerar energia, experiências que tiveram início em 2015 e que já apresentam resultados. Os dois projetos foram realizados com arrecadação de recursos pela internet.
Na escola mineira, o financiamento coletivo permitiu a instalação de 48 placas fotovoltaicas, em abril de 2015. O resultado surpreendeu. A conta de luz de R$ 1,3 mil que a escola costumava pagar por mês caiu para cerca de R$ 300, uma economia de aproximadamente 75%. No primeiro ano, a escola usou cerca de R$ 15 mil que seriam gastos com energia para fazer outras atividades com os alunos, como excursões.
Os recursos são administrados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que faz a destinação aos municípios indicados.

Cristiane Pinheiro
Jornalista, formada pela Faculdade de Comunicação Cásper Líbero, com quase 30 anos de experiência no segmento de Comunicação. Tem especializações em jornalismo impresso pelo Curso Intensivo de Jornalismo Aplicado, do Grupo O Estado de S. Paulo, e em televisivo pela Rede Globo de Televisão, São Paulo, e pelo Senac – Centro de Comunicação e Artes. Atua na cobertura jornalística do setor elétrico há cerca de 10 anos.
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