Energia solar alivia custos de supermercados no País

Para se livrar dos altos gastos com energia elétrica, supermercados de todo Brasil estão apostando na energia solar para abastecer suas unidades. Segundo a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), a conta de eletricidade pode representar um gasto de R$ 3,5 bilhões no varejo supermercadista, atrás apenas da folha de pagamentos. Dessa forma, a fonte fotovoltaica é uma alternativa que pode reduzir os custos em até 95% na conta de luz, além da contribuição com o meio ambiente e uma vida útil média do sistema de 30 anos, sem grandes custos de manutenção.

Em Blumenau, o Peka Supermercado, por exemplo, instalou um sistema de energia solar para aliviar o peso da conta de luz no fim do mês, que, segundo o varejista, pode acabar comprometendo o crescimento do negócio.

Lilian Carla Wan-Dall, proprietária do supermercado, destacou que, após a instalação do sistema de energia solar fotovoltaica no ano passado, a economia na conta de luz foi bastante significativa. “Com certeza um dos principais benefícios do investimento é a redução de custos com energia elétrica e o consequente aumento de competitividade", comenta Lilian.

O próximo passo da empresária é adotar a energia solar em novas unidades que ainda serão montadas. “Percebemos que os consumidores, atualmente, estão mais conscientes e procurando por empresas que adotem valores que respeitem o meio ambiente. Ao mesmo tempo, as empresas estão preocupadas e engajadas com a questão de consciência econômica, ambiental e social. Essas companhias sempre estarão um passo à frente de seus concorrentes", comenta Lilian.

A ABRAS lembra que os refrigeradores do açougue, o forno elétrico da padaria e aclimatização do ambiente são os maiores custos de energia para os supermercados. Segundo a entidade, para a instalação de energia solar fotovoltaica, os espaços dos supermercados são ideais com ampla área de telhados e estacionamento.

A aquisição do sistema tem se popularizado após a diminuição do custo dos equipamentos nos últimos anos no país, além dos incentivos oferecidos pelo governo e linhas de financiamento específicas ao segmento.

Ainda segundo a ABRAS, a geração solar fotovoltaica e a contratação via mercado livre de energia são alternativas que já estão auxiliando o autosserviço a economizar. No mercado livre, ambiente em que o consumidor tem a liberdade de escolher suas próprias fontes geradoras de energia, há flexibilidade na negociação de preço, volume, prazo, fonte de geração e forma de reajuste, dentre outros quesitos, além da previsibilidade de desembolso futuro com energia.

Para a entidade, uma vez firmado o contrato no mercado livre, o consumidor consegue prever os custos de energia elétrica que terá nos próximos anos. As mudanças repentinas nas tarifas, que rotineiramente acontecem no mercado cativo por causa do clima, em especial, não ocorrem no mercado livre, pois os preços estão previamente definidos no horizonte do contrato, sendo corrigidos apenas pela inflação.