Taxa básica de juros deve passar por novos aumentos até o final de 2022
Copom elevou a Selic para 13,25%, décimo primeiro reajuste seguido desde março de 2021, e prevê novo incremento nos próximos meses


O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu na quarta-feira (15/06), por unanimidade, aumentar a taxa básica de juros (Selic) em 0,5 ponto percentual, para 13,25% ao ano. É o décimo primeiro incremento seguido da taxa Selic, desde março de 2021, quando o patamar era de 2% ao ano, o menor da série história.
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A decisão foi justificada em razão da continua deterioração do ambiente econômico externo, marcado por revisões negativas para o crescimento global, e inflação ao consumidor acima do esperado no Brasil, entre outros fatores. Para a próxima reunião, o comitê antevê um novo ajuste, de igual ou menor magnitude.
O economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi, avalia que o Copom terá de estender o ciclo de alta de juros até agosto, não só pelo movimento antecipado para a próxima reunião, mas por entender que a aprovação do pacote de combustíveis deve levar à nova rodada de elevação nas expectativas de inflação de 2023, o que exigirá nova alta de juros.
“Com isso, decidimos revisar nossa expectativa de taxa Selic terminal de 13,25% para 14%, projetando alta de 0,50% na reunião de agosto e alta de 0,25% na reunião de setembro, onde deve permanecer até o fim de 2022”, indicou a análise de Borsoi.
CNI considera aumento equivocado
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) considerou equivocada a decisão do Copom pelo aumento da Selic. A avaliação é de que os reajustes anteriores já haviam elevado a taxa básica de juros para um patamar elevado o suficiente para desacelerar a inflação.
“Este aumento adicional da taxa de juros no momento é desnecessário para o controle da inflação e trará custos adicionais à economia, como queda do consumo, da produção e do emprego”, afirmou o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.

Ricardo Casarin
Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.
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