Energia elétrica terá aumento em Brasília, Goiás e São Paulo

Aneel aprovou reajustes nas áreas de concessão da Neonergia, Equatorial e EDP e novos valores entram em vigor na próxima semana

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As tarifas de energia elétrica terão aumento em Goiás e Brasília a partir da próxima semana. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou na terça-feira (17/10) reajustes nas áreas de concessão da Equatorial Goiás e da Neoenergia Brasília. Também será promovido aumento de cobrança na EDP São Paulo.

A Aneel aprovou o Reajuste Tarifário Anual (RTA) da Equatorial Goiás. A distribuidora atende cerca de 3,3 milhões de unidades consumidoras de energia elétrica em 243 municípios do estado. O aumento será de 6,49% para consumidores residenciais e será válido a partir de 22 de outubro.

O efeito médio para consumidores em baixa tensão, classe que inclui as categorias residencial baixa renda, rural, industrial, comercial e serviços, será de 7,08%. Para alta tensão, haverá uma redução de 5,30%, resultando em um efeito médio de aumento para o consumidor de 3,54%.

A agência também aprovou o Reajuste Tarifário Anual de 2023 da Neoenergia Distribuição Brasília, empresa que atende cerca de 1,15 milhão de unidades consumidoras de energia elétrica na capital federal.

O aumento será de 9,85% para consumidores residenciais e entrará em vigor a partir de 22 outubro. O aumento para consumidores em baixa tensão será de 9,95% e de 7,78% para consumidores em alta tensão, resultando em efeito médio de 9,32%.

Por fim, a EDP São Paulo, distribuidora que tende cerca de 2,1 milhões de unidades consumidoras em 28 municípios do estado, incluindo Guarulhos, São José dos Campos e Taubaté, passou por uma Revisão Tarifária Periódica e terá reajuste de 7,16% para consumidores residenciais.

O impacto será de 7,12% para baixa tensão e 6,28% para alta tensão, resultando em efeito médio de 6,83% para o consumidor. Os novos índices serão válidos a partir de 23 de outubro.

Energia elétrica supera inflação

A energia elétrica residencial acumulou aumento de 8,41% nos primeiros nove meses do ano no Brasil, conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última semana.

Conforme o levantamento, a conta de luz supera a inflação acumulada no país até o final de setembro, que foi de 3,50%. Em duas capitais do país, a alta na energia elétrica superou 20%: Belo Horizonte (MG) e Curitiba (PR), com 28,45% e 21,84%, respectivamente.

A análise do IBGE indica que os reajustes promovidos pelas distribuidoras são o principal fator de alta. O cenário de aumento na conta de luz ocorre mesmo diante das condições favoráveis nos reservatórios das hidrelétricas do país e na vigência da bandeira verde, que não traz valor adicional na tarifa de energia elétrica, desde abril de 2022.

Porém, um estudo da consultoria Rystad Energy indica que o fenômeno El Niño poderá afetar o regime de chuvas no Brasil em 2024, com possibilidade de períodos de seca no Norte e Nordeste, levando a um aumento aos custos de produção de energia no final do próximo ano.

Leia mais: Seca na Amazônia prejudica geração de eletricidade no Brasil

No último mês, a seca que atinge a região da Amazônia já trouxe impactos a geração de energia elétrica do Brasil. Desde o início de outubro, a baixa vazão do rio Madeira levou a suspensão das atividades da usina hidrelétrica de Santo Antônio, em Rondônia. A operação foi retomada na última segunda-feira (16/10).

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Ricardo Casarin

Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.

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