Conta de luz residencial poderá aumentar quase 12% em Minas Gerais
Aneel apresentou proposta de reajuste tarifário anual da Cemig na última sexta-feira (17/03); novos valores entrarão em vigor a partir de 28 de maio


A tarifa de energia residencial da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) poderá ficar 11,98% mais cara, conforme proposta de reajuste apresentada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A distribuidora atende cerca de 9,1 milhões de unidades consumidoras localizadas em 774 municípios do estado. As novas tarifas entrarão em vigor a partir do dia 28 de maio, após aprovação pela diretoria da agência.
De acordo com a proposta, apresentada em audiência pública realizada em Belo Horizonte (MG) na última sexta-feira (17/03), o aumento médio para consumidores em baixa tensão seria de 12,52%. Já para consumidores em alta tensão, como indústrias, o reajuste seria de 5,26%. Dessa forma, o efeito médio para o consumidor seria de 10%.
Os percentuais propostos passarão por análise das contribuições feitas na audiência pública e enviados por e-mail na Consulta Pública (CP 006/2023) até 4 de abril.
Novos aumentos
O reajuste tarifário é realizado todos os anos em todas as distribuidoras do Brasil pela Aneel. Normalmente, esses processos se iniciam em março. Em 2023, a agência reguladora prevê que a tarifa de energia elétrica do País deve subir 5,6% em média, após um 2022 atípico, quando a trajetória de inflação ficou estagnada.
O cenário decorreu de uma medida emergencial de redução de ICMS. Apesar disso, a conta de luz acumula 70% de aumento nos últimos oito anos, superando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do período, conforme levantamento da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel).
Essa tendência de encarecimento é consequência de ineficiências do sistema elétrico brasileiro, com empréstimos e subsídios que são repassados para a conta do consumidor. Esse cenário torna mais atrativo o investimento na energia solar.
Ao utilizar um sistema solar fotovoltaico, o consumo da energia da distribuidora é reduzido, diminuindo o impacto da inflação. Além disso, quanto mais caro for a tarifa, maior é o valor economizado e o retorno do investimento fica mais rápido.

Ricardo Casarin
Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.
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