Conta de luz mensal de edifício em Santos (SP) passa de R$ 4,5 mil para R$ 200 com energia solar
Com investimento de R$ 184 mi, prédio no bairro do Gonzaga já conquista cerca de 95% de economia com eletricidade


Localizado no coração do Gonzaga, bairro comercial de Santos, no litoral paulista, o edifício Rubiácia, construído em 1952, acaba de instalar painéis fotovoltaico para suprir a energia elétrica das áreas comuns. Com a iniciativa, a conta de luz caiu de R$ 4.500 para R$ 200 mensais, ou seja, uma economia de mais de 95%.
A economia foi imediata, assim que as placas fotovoltaicas foram instaladas em outubro, com aportes de R$ 184 mil. O retorno do investimento deve vir em torno de 3 anos.
Durante 15 dias foram instalados 150 geradores solares nos telhados das cinco torres. A energia captada pelas placas desce por tubos nas laterais até uma central no térreo onde ficam os relógios. Pelo celular é possível acompanhar o consumo a partir da energia retida pelos painéis.
Noslen Lopes Botelho, síndico do prédio há 3 anos, foi o responsável pela contratação da empresa que fica em Ourinhos, (SP). “Já tinha essa vontade há bastante tempo, mas o custo do sistema ainda era muito alto, impossibilitando a instalação”, afirma.
Após a análise de viabilidade técnica feita pela empresa contratada, a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), que atende a região foi acionada para instalar um relógio novo. Depois desse processo, foi feita a instalação das placas.
No mesmo caminho, o edifício da Associação Comercial de Santos também receberá painéis de energia solar fotovoltaica no próximo ano. O projeto já foi aprovado pela diretoria, mas serão necessárias algumas obras no entorno do telhado para que a empresa possa instalar as placas.
Já em relação ao consumo residencial, a santista Valéria Ribeiro, não se arrepende da aquisição feita em 2013. Com quatro aparelhos de ar-condicionado, no auge do verão, o gasto com energia elétrica hoje gira em torno de R$ 370 com todos os equipamentos ligados ao mesmo tempo.
Foram cinco placas instaladas no telhado, incluindo um boiler solar que funciona como reservatório térmico de água quente. O valor investido foi de R$ 4 mil na ocasião. “Vale muito a pena, foi a melhor coisa que fiz”, destaca. Agora ela pretende instalar mais placas para aquecer a piscina.
Compartilha da mesma opinião, o arquiteto Douglas Carvalho, que instalou 32 placas em seu escritório em Santos. Seu gasto mensal costumava ser de R$ 1 mil, mas agora, seu consumo chegou a zerar, pois havia sobra de energia gerada. Nesse caso, a geração de energia pelas placas foi maior do que a necessidade de consumo diário. Quando isso acontece, a sobra pode ser abatida na conta de luz futura.

Adriana Dorante
Jornalista formada pela Universidade Santa Cecília (Santos), com especialização em jornalismo econômico pela PUC/SP. Trabalhou como repórter de economia em grandes veículos de Comunicação, como DCI e jornais regionais em Campinas. Realizou trabalhos em comunicação institucional (publicações impressas e digitais) e assessoria de imprensa para entidades e empresas de diferentes segmentos em São Paulo. Atua na cobertura jornalística do setor elétrico há cerca de 5 anos.
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