Conta de Desenvolvimento Energético trará impacto de quase 5% nas tarifas de energia

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou o orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) no valor total de R$ 32,09 bilhões para o ano de 2022. O montante inclui R$ 30,21 bilhões relativo às quotas anuais pagas pelos consumidores de energia elétrica, mediante encargo incluído nas tarifas de uso dos sistemas de distribuição e transmissão.

Os demais custos são a Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) e gestão financeira de fundos setoriais feita pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), entre outros. O reajuste foi de 34,2% em relação a 2021.

A CDE poderá resultar em impacto médio de 3,39% na conta de energia dos consumidores do País, variando conforme as regiões. O efeito poderá chegar a 4,65% nas tarifas do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, e 2,41% no Norte e Nordeste.

Criada em abril de 2002, a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) é um encargo setorial destinado à promoção do desenvolvimento energético do Brasil, de acordo com a programação do Ministério de Minas e Energia (MME).

Impactos tarifários

Embora o fim da Bandeira Escassez Hídrica tenha representado um alívio na conta de luz do consumidor, diversos fatores que indicam que as tarifas de energia elétrica seguirão uma trajetória de inflação.

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Além da CDE, somam-se o repasse de empréstimos ao setor elétrico, reajustes aplicados por distribuidoras e uma proposta de revisão da Aneel no sistema de bandeiras, que aumenta os patamares amarelo e vermelho 1 em mais de 50%