Com onda de calor, consumo de energia bate recorde no Brasil
Carga do Sistema Interligado Nacional (SIN) superou pela primeira vez patamar de 100 GW


O consumo de energia bateu recordes consecutivos no Brasil nos últimos dias, em razão da elevação da temperatura verificada em grande parte do país. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) registrou na terça-feira (14/11), pelo segundo dia consecutivo, um novo recorde na demanda instantânea de carga do Sistema Interligado Nacional (SIN), com patamar de 101.475 MW às 14h20.
Na segunda-feira (13/11), a carga havia superada a marca de 100 MW pela primeira vez na história do SIN. O recorde anterior era de 97.659 MW, medido em 26 de setembro de 2023. Os recentes resultados demonstram que houve um incremento de 16,8% na carga, se considerada a demanda atendida nos primeiros dias de novembro, passando de 86.800 MW para os atuais 101.475 MW.
Ao longo da terceira semana do mês, temperaturas acima da média foram registradas em diversas regiões do país. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) listou 15 estados e o Distrito Federal em alerta de grande perigo em razão da onda de calor. O cenário eleva o uso de ar-condicionado e ventiladores, aumentando a demanda por energia elétrica.
Ano mais quente da história
A onda de calor está relacionada ao El Niño, fenômeno climático caracterizado pela temperatura acima da média no Oceano Pacífico, levando a um clima global mais quente e mudanças nos regimes de chuvas.
O impacto desse fenômeno é intensificado em razão do aquecimento global induzido pela emissão de gases poluentes na atmosfera. Conforme a Organização Meteorológica Mundial (OMN) pico do El Niño, iniciado em novembro, deve durar até janeiro.
Dessa forma, após 2023 ter sido confirmado como o ano mais quente já registrado, há possibilidade de 2024 ter uma média de temperaturas ainda mais alta. Além de ondas de calor, também estão previstas precipitações e períodos de seca acima do normal em diferentes regiões do planeta.
Leia mas: Pico do El Ninõ deve durar até janeiro e 2024 poderá ser ainda mais quente

Ricardo Casarin
Repórter de economia e negócios, com passagens pela grande imprensa. Formado na Universidade de Metodista de São Paulo, possui experiência em mídia impressa e digital e na cobertura de diversos setores como petróleo e gás, energia, mineração, papel e celulose, automotivo, entre outros.
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