Com bandeira amarela, conta de luz tem alta de 3,62% no Brasil em maio

A tarifa de energia elétrica residencial registrou alta de 3,62% no Brasil em maio e foi o item de maior impacto no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês, divulgado nesta terça-feira (10/06) pelo IBGE. Conforme a análise, o aumento foi resultado principalmente da mudança da bandeira tarifária de verde para amarela.

A medida trouxe cobrança adicional de R$ 1,885 para cada 100 kWh consumidos, em razão da redução das chuvas e previsão de níveis abaixo da média nos reservatórios de hidrelétricas. O aumento na conta de luz exerceu um impacto de 0,14 ponto percentual no IPCA. O grupo Habitação, que inclui a energia elétrica, avançou de 0,14% em abril para 1,19% em maio.

“Além do reajuste em algumas áreas pesquisadas e aumento nas alíquotas de PINS/COFINS, esteve vigente no mês de maio a bandeira tarifária amarela, com cobrança adicional de R$ 1,885 na conta de luz a cada 100 KWh consumido”, explicou o gerente da pesquisa, Fernando Gonçalves.

Cabe lembrar que em junho está em vigor a bandeira vermelha patamar 1, que traz o custo adicional de R$ 4,463 para cada 100 kWh utilizados por consumidores de energia elétrica de todo o Brasil.

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De acordo com o levantamento, nos cinco primeiros meses de 2025, a conta de luz acumulou alta de 3,85%, superando a inflação do país no período, que foi de 2,75%. Apesar do aumento da tarifa de energia, o IPCA do país desacelerou para 0,26% em maio, recuando 0,17 ponto percentual em relação a abril (0,43%).

Conforme o IBGE, a redução da inflação nos grupos Alimentação e bebidas e Transporte compensaram a alta do grupo Habitação, refletindo no resultado final do índice geral.

Resultados regionais

Todas 16 capitais e regiões metropolitanas incluídas no levantamento tiveram aumento na conta de luz em maio. O maior deles foi registrado em Brasília (DF), com 9,43%. Também tiveram altas acima de 5% Recife (PE), Fortaleza (CE), Goiânia (GO) e Aracaju (SE).

Regiões com maiores altas na conta de luz em maio:

• Brasília (DF): 9,43%
• Recife (PE): 7,16%
• Fortaleza (CE): 6,57%
• Goiânia (GO): 6,11%
• Aracaju (SE): 5,38%