Bandeira tarifária seguirá no valor máximo pelo segundo mês seguido

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) manteve a bandeira tarifária vermelha patamar 2 para o mês de julho em razão da seca nas principais bacias hidrográficas do País, o que prejudica a produção das hidrelétricas e exige o acionamento de termelétricas com custos estratosféricos. 

Os valores adicionais a serem pagos pelos consumidores, no entanto, serão divulgados amanhã (29) após deliberação da diretoria colegiada da Aneel, quando será definida a atualização da taxa extra. 

Recentemente, o diretor-geral da Aneel, André Pepitone, declarou que os valores das bandeiras tarifárias da cor vermelha serão reajustados em mais de 20% para cobrir o custo da geração termelétrica. Com isso, a conta de luz ficará ainda mais cara para todos os consumidores atendidos pelas concessionárias de distribuição de energia elétrica.

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A proposta da equipe técnica da Aneel prevê reajuste de 10% na bandeira patamar 1, que passaria de R$ 4,169 para R$ 4,599 para cada 100 KWh. Para a bandeira patamar 2, o reajuste será de 21%, passando de R$ 6,243 para R$ 7,571 para cada 100 Kwh.

Porém, esses valores poderão ser ainda maiores, conforme antecipou Pepitone durante reunião na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados em 15 de junho. 

Cenário crítico 

Em comunicado divulgado na sexta-feira (25/6), a Aneel informou que o próximo mês inicia com a mesma perspectiva hidrológica desfavorável verificada em junho, com os principais reservatórios do SIN em níveis consideravelmente baixos para essa época do ano, o que sinaliza a redução da capacidade de produção hidrelétrica e elevada necessidade de acionamento de recursos termelétricos.

“Essa conjuntura pressiona os custos relacionados ao risco hidrológico e o preço da energia no mercado de curto de prazo, levando à necessidade de acionamento do patamar 2 da bandeira vermelha”, assinalou a Aneel.

Segundo o Operador Nacional do Sistema (ONS), os reservatórios chegarão até o fim de junho com níveis de 80,2% no Norte; 53,6% no Nordeste e 42,6% no Sul. A estimativa é de que as unidades localizadas na região Sudeste/Centro-Oeste encerrem julho com 26,6% de volume de água.

Já as afluências para julho continuam abaixo da média em todos os sistemas. No Norte a previsão é de que a Energia Natural Afluente (ENA) alcance 80% da média histórica. Na região Sudeste/Centro-Oeste as afluências poderão chegar a 63%, em seguida vem o Sul com 53%. Para o Nordeste, a previsão é de 43% da média histórica. 

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